quarta-feira, 25 de março de 2015

PROVÉRBIOS de MARÇO


Em Março, cada dia chove um pedaço.
Em Março, tanto durmo como faço.
Entre Março e Abril o cuco há-de vir.Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
Janeiro geoso, Fevereiro nevado, Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio pardo, fazem o ano abundoso.
Lua cheia em Março trovejada, trinta dias é molhada.
Março chove cada dia o seu pedaço.
Março, marçagão, manhã de Inverno, tarde de rainha, noite corta que nem foicinha.
Março pardo e venturoso traz o ano formoso.
Março, tanto durmo como faço.
Vento de Março e chuva de Abril, vinho a florir.
Vinho que nasce em Maio, é para o gaio; se nasce em Abril, vai ao funil; se nasce em Março, fica no regaço.
O enxame de Março mete-o regaço.
Páscoa em Março, ou fome ou mortaço.
Poda em Março, vindima no regaço.
Podar em Março é ser madraço.
Quando em Março arrulha a perdiz, ano feliz.
Quando Março sai ventoso, sai Abril chuvoso.
Quem não poda em Março, vindima no regaço.


terça-feira, 24 de março de 2015

IGREJA PAROQUIAL de PINHEIRO de LAFÕES

As mais antigas referências documentais que se conhecem sobre a paróquia de Santa Maria de Pinheiro, inscrita no julgado de Lafões, remontam às Inquirições de 1258, mas a realidade é que a sua existência parece ser bastante mais remota. A igreja actual resulta das várias campanhas de obras de que foi objecto, no decorrer do século XVIII, e da reconstrução ocorrida em 1827, data que surge gravada da fachada principal. 
As obras documentadas da primeira metade de Setecentos incidiram sobre a capela-mor, demolida em 1729 e substituída por uma nova, construindo-se ainda, em 1741, uma capela com acesso para a rua. Já na segunda metade da centúria, os trabalhos incidiram na residência paroquial, que se admite corresponder à primitiva igreja, onde se registou a data de 1787, no portal de entrada. Já no contexto da campanha do século XIX, e para além da frontaria com o ano de 1827, registam-se obras na sacristia em 1831. A residência paroquial foi alvo de um incêndio que a destruiu, bem com ao seu acervo documental, em 1982, mas em sete anos mais tarde já se encontrava reconstruída. Por fim, entre 1997 e 1998, todo o conjunto arquitectónico beneficiou de um projecto de valorização, com o arranjo do adro, e a colocação neste espaço do antigo portal de acesso à residência paroquial. 
A fachada do templo denuncia, nas suas linhas onduladas e em pormenores neoclássicos, a feição tardia da sua execução. Delimitada por pilastras coroadas por urnas, e frontão de lanços curvos, é marcada pela abertura do portal, com pilastras estriadas, de verga curva e com frontão de aletas e remate em cortina. Sobrepõe-se-lhe a janela do coro, de linhas curvas ladeada por outras duas de dimensão mais reduzida. A torre sineira ergue-se à esquerda, dividindo-se em três registos, terminando em coruchéus. No interior, de nave única abobadada, ganha especial importância o retábulo-mor que, tal como os colaterais, pode ser datado do final do século XVIII ou do início do século XIX. Já os laterais são da primeira metade de Setecentos. 
O templo é envolto pelo adro, com a casa paroquial à direita e, alinhado com a fachada da igreja, o antigo portal da residência paroquial, de verga recta encimado por frontão de aletas interrompido. 
Do conjunto faz ainda parte o cemitério, do lado direito da igreja, inaugurado a 16 de Setembro de 1870 e a ponte ferroviária, junto ao cemitério. Construída em 1913, inscreve-se na série de pontes da linha do Vale do Vouga, encontrando paralelo na Ponte dos Melos, também no concelho de Oliveira de Frades. Trata-se de uma estrutura de arcos múltiplos, em alvenaria de pedra, e de traçado 
em curva. A estação de Pinheiro de Lafões foi desactivada na década de 1970. 




quinta-feira, 19 de março de 2015

PROVÉRBIOS de FEVEREIRO


Água de Fevereiro, mata o Onzeneiro.
Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa tudo quanto faz.
Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro.
Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.
Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
Fevereiro é dia, e logo é Santa Luzia.
Fevereiro enxuto, rói mais pão do que quantos ratos há no mundo.
Fevereiro quente, traz o diabo no ventre.
Fevereiro recouveiro, afaz a perdiz ao poleiro.
Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.
Neve em Fevereiro, presságio de mau celeiro.
O tempo em Fevereiro enganou a Mãe ao soalheiro.
Para parte de Fevereiro, guarda lenha de Quinteiro.
Quando não chove em Fevereiro, nem prados nem centeio.
Tantos dias de geada terá Maio, quantos de nevoeiro teve Fevereiro.







quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O SINO DA MINHA ALDEIA

Oh sino da minha aldeia 
Dolente na tarde calma 
Cada tua badalada 
Soa dentro da minha alma 

E é tão lento o teu soar 
Tão como triste da vida 
Que já a primeira pancada 
Tem o som de repetida 

Por mais que me tanjas perto 
Quando passo sempre errante 
És para mim como um sonho 
Soas-me na alma distante 

A cada pancada tua 
Vibrante no céu aberto 
Sinto mais longe o passado 
Sinto a saudade mais perto













sábado, 7 de fevereiro de 2015

LEMBRANÇAS

Quem não se lembra do "Vouguinha", alguns habitantes de Antelas(poucos) têm gratas recordações das viagens atribuladas que fizeram. Quem queria ir até Oliveira de Frades, tinha que se deslocar até ao apeadeiro de Stª Cruz. Hoje praticamente nada existe, nada se preservou...o homem na sua senda destruidora!





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PROVÉRBIOS DE JANEIRO

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.
Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio.
Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro.
Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Em Janeiro saltinho de carneiro.
Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.
Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar.
Em Janeiro, cada Ovelha com seu Cordeiro.
Em Janeiro, nem Galgo lebreiro, nem Açor perdigueiro.
Em Janeiro, seca a Ovelha no fumeiro.
Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro.
Em Janeiro, um Porco ao sol e outro ao fumeiro.
Janeiro fora, cresce uma hora.
Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.
Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado.
Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.
Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.
Janeiro tem uma hora por inteiro.
Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro.
No minguante de Janeiro, corta o madeiro.
O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.
Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro.
Poda-me em Janeiro, empa-me em Março e verás o que te faço.
Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar.
Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro.
Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro.
Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em Janeiro.
Verdura de Janeiro, não vai a palheiro.
Vinho verde em Janeiro, é mortalha no telheiro.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

RAÍZES

Minha mãe passou grande uma parte da sua vida em Antelas, podendo considerar-se uma natural do lugar. Foi ela que por vezes me transmitiu força para tentar ultrapassar certos obstáculos, em que a vida é fértil. Terei sempre uma imagem da minha mãe associada a Antelas. Quantas mães calcorrearam os caminhos de uma vida na procura do bem estar dos filhos. Obrigado mãe por tudo o que me deste, carinho amor e compreensão.


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