quinta-feira, 19 de março de 2015

PROVÉRBIOS de FEVEREIRO


Água de Fevereiro, mata o Onzeneiro.
Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa tudo quanto faz.
Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro.
Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.
Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
Fevereiro é dia, e logo é Santa Luzia.
Fevereiro enxuto, rói mais pão do que quantos ratos há no mundo.
Fevereiro quente, traz o diabo no ventre.
Fevereiro recouveiro, afaz a perdiz ao poleiro.
Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.
Neve em Fevereiro, presságio de mau celeiro.
O tempo em Fevereiro enganou a Mãe ao soalheiro.
Para parte de Fevereiro, guarda lenha de Quinteiro.
Quando não chove em Fevereiro, nem prados nem centeio.
Tantos dias de geada terá Maio, quantos de nevoeiro teve Fevereiro.







quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O SINO DA MINHA ALDEIA

Oh sino da minha aldeia 
Dolente na tarde calma 
Cada tua badalada 
Soa dentro da minha alma 

E é tão lento o teu soar 
Tão como triste da vida 
Que já a primeira pancada 
Tem o som de repetida 

Por mais que me tanjas perto 
Quando passo sempre errante 
És para mim como um sonho 
Soas-me na alma distante 

A cada pancada tua 
Vibrante no céu aberto 
Sinto mais longe o passado 
Sinto a saudade mais perto













sábado, 7 de fevereiro de 2015

LEMBRANÇAS

Quem não se lembra do "Vouguinha", alguns habitantes de Antelas(poucos) têm gratas recordações das viagens atribuladas que fizeram. Quem queria ir até Oliveira de Frades, tinha que se deslocar até ao apeadeiro de Stª Cruz. Hoje praticamente nada existe, nada se preservou...o homem na sua senda destruidora!





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PROVÉRBIOS DE JANEIRO

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.
Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio.
Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro.
Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Em Janeiro saltinho de carneiro.
Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.
Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar.
Em Janeiro, cada Ovelha com seu Cordeiro.
Em Janeiro, nem Galgo lebreiro, nem Açor perdigueiro.
Em Janeiro, seca a Ovelha no fumeiro.
Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro.
Em Janeiro, um Porco ao sol e outro ao fumeiro.
Janeiro fora, cresce uma hora.
Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.
Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado.
Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.
Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.
Janeiro tem uma hora por inteiro.
Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.
Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro.
No minguante de Janeiro, corta o madeiro.
O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.
Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro.
Poda-me em Janeiro, empa-me em Março e verás o que te faço.
Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar.
Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro.
Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro.
Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em Janeiro.
Verdura de Janeiro, não vai a palheiro.
Vinho verde em Janeiro, é mortalha no telheiro.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

RAÍZES

Minha mãe passou grande uma parte da sua vida em Antelas, podendo considerar-se uma natural do lugar. Foi ela que por vezes me transmitiu força para tentar ultrapassar certos obstáculos, em que a vida é fértil. Terei sempre uma imagem da minha mãe associada a Antelas. Quantas mães calcorrearam os caminhos de uma vida na procura do bem estar dos filhos. Obrigado mãe por tudo o que me deste, carinho amor e compreensão.


sábado, 11 de outubro de 2014

ANTELAS....AS VINDIMAS

Em tempos que já lá vão, costumava acompanhar o meu pai nas vindimas, e inevitavelmente o mês de Setembro era destinado a férias, com o objectivo de ajudar nas vindimas. Hoje tudo se alterou e Outubro já é o mês, das poucas pessoas da povoação efectuarem a dita safra. Os rituais processam-se inalteráveis,





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