segunda-feira, 24 de junho de 2013

Casa de Lafões

A Casa de Lafões é uma colectividade regional dinâmica, com uma história rica e que tem sabido ao longo dos anos congregar à sua volta todos os lafonenses, num intercâmbio salutar entre os que residem nas suas terras de origem e os que, por força das circunstâncias, tiveram de se fixar em Lisboa. Tem sido um importante elo de ligação e um excelente meio de promoção e divulgação da cultura e das tradições lafonenses. Tem levado mais longe os nomes dos concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul.
Mas muito há ainda a esperar da Casa de Lafões. Hoje os tempos são diferentes, novos horizontes se abrem e outros desafios se nos deparam. Naturalmente que, sem esquecer o passado, a Casa de Lafões saberá estar à altura do presente, com os olhos postos no futuro...


                          

segunda-feira, 27 de maio de 2013

CEREAIS/ O MILHO



    O que Abril deixa nado, Maio deixa-o espigado.

    Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta  o gado.

    Quando há vento, é que se limpa o cereal.

    Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto.

    Em Agosto deve o milho, ferver o carolo.

    O primeiro milho é dos pitos.

    O primeiro milho é para os pardais.

    Pelo S. João deve o milho cobrir o chão.

    Quem olha o milho, não bota pitos.

    Quem passarinhos receia, milho não semeia.

    É muito mau de contentar quem quer sol na eira e chuva no nabal.

    Se queres ser bom milheiro, faz o alqueive em Janeiro.

    Pela palha se conhece a espiga.

    O grão em Março nem na terra nem no salto.

    Maio jardineiro, enche o celeiro.

    Janeiro geleiro, não enche celeiro.


Grupo de Danças e Cantares de Vila Maior, São Pedro do Sul (Lafões) -- Canta e dança tema popular ("...quem tem milho rei ...") - Rua Augusta - Lisboa - 26-09-2010 (XI Exposição Lafões em Lisboa - 99º Aniversário da Casa de Lafões)

                          

segunda-feira, 11 de março de 2013

Prazeres Lúdicos

Atualmente, estão a ser colocadas várias plataformas em madeira, na Barragem de Pereiras, que irão permitir aos pescadores ter melhores condições para a prática da pesca, como um fim lúdico e desportivo.





A ADDLAP (Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva), constituída pelos Municípios de Viseu, Vila Nova de Paiva, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, é parceira do projeto AARC – Atlantic Aquatic Resource Conservation (Conservação dos Recursos Aquáticos do Atlântico) que pretende conceber e aplicar estratégias de gestão integrada de recursos hídricos. Na nossa região pretende-se preservar os ecossistemas ribeirinhos na bacia hidrográfica do Rio Vouga. Das várias atividades a desenvolver no âmbito deste projeto, destacam-se a conservação das populações piscícolas e a recuperação e gestão da vegetação ripícola, assim como um conjunto de outras ações materiais e imateriais que irão de encontro à concretização dos objetivos do projeto.
Até este momento, já foram realizadas colheitas e análise de águas em vários troços de rio da referida bacia hidrográfica e ações de pesca elétrica que permitiram identificar algumas das diversas espécies piscícolas existentes nos nossos rios.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Daqui parti.... aqui voltei

Todos temos o nosso final, no entanto alguns ficam cravados na nossa memória, é este o caso! Partiu bem cedo para Lisboa, procurando novos horizontes em termos de qualidade de vida, tendo um percurso de altos e baixos. Um tio sempre amigo, procurando ajudar os outros, em prol da sua maneira coerente de estar na vida. Deixou-nos cedo de mais, a vida por vezes é aziaga e bruscamente marcou-lhe o fim!





Voltou ao seu lugar..Antelas, e pairou durante alguns segundos na aragem agreste que se fazia sentir na Boca da Mata...até um dia!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Matança do Porco

Diziam os antigos que do porco tudo se aproveita, nada é deitado fora. Quando morto tudo nele era aproveitado e comido ao longo do ano, em especial no Inverno, em que o consumo calórico também seria maior, para aguentar o frio e as agruras da vida na lavoura.
Pois bem, em Antelas,  no sábado passado, também se matou o porco ou porca, pertença dos meus tios(Alice/Aires) que ainda vão mantendo vivas algumas tradições, que já vão rareando. Com a sabedoria de muitos anos de trabalho, a minha tia Alice com a destreza que lhe é peculiar, desmanchou o "bicho" e tratou de todo o ritual que procede ao seu abate, o retirar as tripas, operação esta, que requer alguma atenção, de modo a que nenhuma se rebente. Depois de depositadas em grandes alguidares para que sejam bem lavadas, serão posteriormente cheias com a carne, e daí resulta uma panóplia dos mais diversos tipos de enchidos que se hão-de "curar" suspensos em varapaus no fumeiro .
Estas práticas, ligadas à terra e às suas gentes, fazem parte da nossa cultura, cultura que os mais velhos, teimosamente, querem transmitir, como herança a preservar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DÓLMEN PINTADO de ANTELAS

Classificado como Monumento Nacional em 1990, o Dólmen ou Anta pintada de Antelas é um dos mais importantes vestígios materiais da cultura megalítica em Portugal. Este monumento do megalitismo nacional localiza-se entre as povoações de Pereiras e Antelas, a cerca de 5 km da vila de Oliveira de Frades.
A primeira referência ao dólmen surge numa publicação local da autoria de Amorim Girão e editada em 1921. As grandes escavações de 1956, conduzidas pelos investigadores Luís de Albuquerque e Castro, Octávio da Veiga Ferreira e Abel Viana, permitiram estudar devidamente este monumento megalítico. Concluída a campanha e retirado o espólio que nele se encontrava, o dólmen voltou a ser coberto de terra, solução provisória que pretendia preservar o local, particularmente as suas delicadas pinturas bicromáticas.
Esta anta ou dólmen beirão é formado por uma câmara poligonal de oito esteios de pedra e uma galeria de cinco metros de comprimento e nove esteios, atingindo uma altura máxima de 1,30 metros. Todos os esteios da cripta camarária ostentam pinturas a preto e vermelho. Nestas representam-se figurações antropomórficas estilizadas, símbolos alusivos à Lua e ao Sol, motivos decorativos geometrizantes - como linhas serpentiformes e ziguezagueantes -, labirintos, dentes de serra e outros.
Este dólmen constituía-se como um santuário, onde se invocariam as forças da natureza e se efetuariam rituais e práticas mágicas, como o testemunham as pinturas que cobrem os esteios da anta.
Os vestígios materiais encontrados nas escavações são constituídos exclusivamente por instrumentos em pedra, com destaque para três machados de pedra polida, uma placa lisa de xisto, uma faca de sílex e diversos micrólitos, igualmente em sílex. Este espólio lítico ajudou à datação relativa da anta megalítica, que se situará, provavelmente, entre os 4500 e os 3500 anos a. C.







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