domingo, 10 de fevereiro de 2013

Daqui parti.... aqui voltei

Todos temos o nosso final, no entanto alguns ficam cravados na nossa memória, é este o caso! Partiu bem cedo para Lisboa, procurando novos horizontes em termos de qualidade de vida, tendo um percurso de altos e baixos. Um tio sempre amigo, procurando ajudar os outros, em prol da sua maneira coerente de estar na vida. Deixou-nos cedo de mais, a vida por vezes é aziaga e bruscamente marcou-lhe o fim!





Voltou ao seu lugar..Antelas, e pairou durante alguns segundos na aragem agreste que se fazia sentir na Boca da Mata...até um dia!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Matança do Porco

Diziam os antigos que do porco tudo se aproveita, nada é deitado fora. Quando morto tudo nele era aproveitado e comido ao longo do ano, em especial no Inverno, em que o consumo calórico também seria maior, para aguentar o frio e as agruras da vida na lavoura.
Pois bem, em Antelas,  no sábado passado, também se matou o porco ou porca, pertença dos meus tios(Alice/Aires) que ainda vão mantendo vivas algumas tradições, que já vão rareando. Com a sabedoria de muitos anos de trabalho, a minha tia Alice com a destreza que lhe é peculiar, desmanchou o "bicho" e tratou de todo o ritual que procede ao seu abate, o retirar as tripas, operação esta, que requer alguma atenção, de modo a que nenhuma se rebente. Depois de depositadas em grandes alguidares para que sejam bem lavadas, serão posteriormente cheias com a carne, e daí resulta uma panóplia dos mais diversos tipos de enchidos que se hão-de "curar" suspensos em varapaus no fumeiro .
Estas práticas, ligadas à terra e às suas gentes, fazem parte da nossa cultura, cultura que os mais velhos, teimosamente, querem transmitir, como herança a preservar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DÓLMEN PINTADO de ANTELAS

Classificado como Monumento Nacional em 1990, o Dólmen ou Anta pintada de Antelas é um dos mais importantes vestígios materiais da cultura megalítica em Portugal. Este monumento do megalitismo nacional localiza-se entre as povoações de Pereiras e Antelas, a cerca de 5 km da vila de Oliveira de Frades.
A primeira referência ao dólmen surge numa publicação local da autoria de Amorim Girão e editada em 1921. As grandes escavações de 1956, conduzidas pelos investigadores Luís de Albuquerque e Castro, Octávio da Veiga Ferreira e Abel Viana, permitiram estudar devidamente este monumento megalítico. Concluída a campanha e retirado o espólio que nele se encontrava, o dólmen voltou a ser coberto de terra, solução provisória que pretendia preservar o local, particularmente as suas delicadas pinturas bicromáticas.
Esta anta ou dólmen beirão é formado por uma câmara poligonal de oito esteios de pedra e uma galeria de cinco metros de comprimento e nove esteios, atingindo uma altura máxima de 1,30 metros. Todos os esteios da cripta camarária ostentam pinturas a preto e vermelho. Nestas representam-se figurações antropomórficas estilizadas, símbolos alusivos à Lua e ao Sol, motivos decorativos geometrizantes - como linhas serpentiformes e ziguezagueantes -, labirintos, dentes de serra e outros.
Este dólmen constituía-se como um santuário, onde se invocariam as forças da natureza e se efetuariam rituais e práticas mágicas, como o testemunham as pinturas que cobrem os esteios da anta.
Os vestígios materiais encontrados nas escavações são constituídos exclusivamente por instrumentos em pedra, com destaque para três machados de pedra polida, uma placa lisa de xisto, uma faca de sílex e diversos micrólitos, igualmente em sílex. Este espólio lítico ajudou à datação relativa da anta megalítica, que se situará, provavelmente, entre os 4500 e os 3500 anos a. C.







segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Antelas nos anos "dourados" do Raly de Portugal





Mais de treze anos separam as duas fotos publicadas.

A primeira, ilustra a passagem de Richard Burns  pela difícil classificativa do Ladário no decurso da trigésima segunda edição do Rali de Portugal, disputada em 1998.

A outra foi tirada no decurso do presente mês de Agosto, funcionando como um testemunho visual actualizado do mesmíssimo local.

Trata-se, em suma, de uma longa esquerda já no quilómetro final da classificativa, próximo da bonita povoação de Antelas, que foi ao longo dos anos reunindo preferência de muitos adeptos pela fácil acessibilidade a partir do antigo IP5, mas acima de tudo devido à espectacularidade como os pilotos negociavam a sua abordagem através do desequilíbrio dos bólides durante o processo de travagem [arte bem visível, aliás, no pequeno excerto de imagens que abaixo colocamos], para depois acelerarem convictamente em poderosos mas controlados power-slides.

Não conhecíamos pessoalmente a classificativa de Ladário [um interessantíssimo elo de ligação entre as zonas de Sever do Vouga e Oliveira de Frades, ambas de grande relevo no contexto da história do Rali de Portugal] pelo que corrigimos tal lacuna em recente périplo exclusivo pelo local.

Disputado nos anos setenta e regressado na segunda metade da década de noventa [há pequenas diferenças no percurso da classificativa relativamente a essas duas realidades do Rali de Portugal], o troço do Ladário em 1997 disputou-se em sentido contrário ao que a foto de Richard Burns/Robert Reid acima ilustra, pelo que a longa esquerda no final da classificativa deu então lugar a uma direita logo no seu início, como pensamos, embora sem certezas, documentar a foto que abaixo republicamos, com Kenneth Eriksson/Staffan Parmander aos comandos do Subaru Impreza WRC.
http://zona-espectaculo.blogspot.pt/2011


CLASSIFICATIVA: Ladário [em algumas edições do Rali de Portugal teve as designações oficiais de «Ladário/Oliveira de Frades» e «Oliveira de Frades/Ladário»].
PISO: Terra/gravilha.
ANOS EM QUE SE DISPUTOU [Rali de Portugal]: 1974 a 1978, 1995 e 1997 a 1999 [edições em que a prova foi pontuável para o campeonato do mundo de Ralis].

ANO: 1974.
EXTENSÃO: 9.00 kms.

- LADÁRIO '1':
VENCEDORES: Raffaele Pinto/Arnaldo Bernacchini.
CARRO: Fiat Abarth 124 Rallye.
TEMPO REALIZADO: 7m:31s.
MÉDIA HORÁRIA: 71.84 kms/h.

- LADÁRIO '2':
VENCEDORES: Raffaele Pinto/Arnaldo Bernacchini.
CARRO: Fiat Abarth 124 Rallye.
TEMPO REALIZADO: 8m:29s.
MÉDIA HORÁRIA: 63.65 kms/h.

ANO: 1975.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ove Andersson/Arne Hertz.
CARRO: Toyota Corolla.
TEMPO REALIZADO: 7m:57s.
MÉDIA HORÁRIA: 67.92 kms/h.

ANO: 1976.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ove Andersson/Arne Hertz.
CARRO: Toyota Celica 2000 GT.
TEMPO REALIZADO: 7m:22s.
MÉDIA HORÁRIA: 73.30 kms/h.

ANO: 1977.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ari Vatanen/Peter Bryant.
CARRO: Ford Escort RS 1800.
TEMPO REALIZADO: 7m:30.
MÉDIA HORÁRIA: 72.00 kms/h.

ANO: 1978.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Bjorn Waldegard/Hans Thorszelius.
CARRO: Ford Escort RS 1800.
TEMPO REALIZADO: 7m:25s.
MÉDIA HORÁRIA: 72.81 kms/h.

ANO: 1995.
EXTENSÃO: 11.43 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Carlos Sainz/Luís Moya.
CARRO: Subaru Impreza 555.
TEMPO REALIZADO: 8m:07s.
MÉDIA HORÁRIA: 84.49 kms/h.

ANO: 1997.
EXTENSÃO: 11.19 kms.
DESIGNAÇÃO: «Oliveira de Frades/Ladário».
VENCEDORES: Tommi Makinen/Seppo Harjanne.
CARRO: Mitsubishi Lancer Evo 4.
TEMPO REALIZADO: 8m:28s.
MÉDIA HORÁRIA: 79.30 kms/h.

ANO: 1998.
EXTENSÃO: 11.22 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Colin McRae/Nicky Grist.
CARRO: Subaru Impreza WRC.
TEMPO REALIZADO: 8m:17s.
MÉDIA HORÁRIA: 81.27 kms/h.

ANO: 1999.
EXTENSÃO: 11.26 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Richard Burns/Robert Reid.
CARRO: Subaru Impreza WRC.
TEMPO REALIZADO: 7m:43s.
MÉDIA HORÁRIA: 87.48 kms/h.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MANJARES de LAFÕES

A cozinha regional, abre o apetite aos visitantes desta região, e na conjunção da sua qualidade com o desfrutar das suas belas paisagens, proporciona aos forasteiros uma viagem inesquecível, que perdurará nos tempos.





sábado, 8 de setembro de 2012

ANTA de ANTELAS

anta pintada de Antelas (Pinheiro (Oliveira de Frades)Portugal) é um monumento nacional desde 1990[1] , devido ao grande interesse das pinturas rupestres, a vermelho e a preto, que decoram a sua câmara, e sem dúvida as melhor conservadas de toda a Península Ibérica. De acordo com as datações obtidas pelo Carbono 14, a sua construção terá ocorrido entre 3.625 e 3.140 A.C., portanto no IV milénio A.C.
É constituída por uma câmara funerária, com oito esteios, de granito, com cerca de 2,5 m de altura, e um corredor ortostático, diferenciado da câmara, em altura e em planta, abrindo-se aproximadamente a nascente.





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