terça-feira, 24 de julho de 2012

Festas em Honra Nª Sª de Boa Morte










Mais um ano em que a tradição se manteve, com algum esforço e perseverança da parte da comissão de festas, que elaborou dentro das suas possibilidades, um fim de semana dedicado ás festividades. Num Sábado muito solarengo, mas com um final de dia extremamente frio,  valeu-nos o som do grupo musical para afastar a inércia  e em pouco tempo a alegria e o calor humano já se fazia sentir. Também  a cerveja, acompanhada de umas suculentas febras, ajudou a que  o frio se evaporasse rapidamente.
O Domingo foi dedicado á festa católica, com a celebração da missa na capela, à qual se seguiu a procissão, que percorreu a povoação enquadrada por um elevado número de forasteiros.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Património Nacional

As antas de Antelas na página oficial do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico:




http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70456/

quinta-feira, 3 de maio de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

Usos e Costumes(3)

                                                              COZER A BROA

Entrou em desuso o cozer a broa em povoações como Antelas,objectivamente devido ao envelhecimento da população. No entanto uma pessoa resiste no tempo a executar tal tarefa, a minha tia Alice, com alguma mestria lá vai mantendo a tradição, que infelizmente tende a acabar.

                                                As etapas para preparação da broa são as seguintes:


01. Peneira-se a farinha
02. Põe-se o sal
03. Deita-se a água quente
04. Derrete-se o sal com a rapadoira
05. Amassa-se o Pão e no fim de estar bem amassado deita-se a farinha
06. Mistura-se o fermento
07. Junta-se a massa do pão
08. Alisa-se
09. Desenha-se uma cruz com a mão
10. Cobre-se para levedar
11. Aquece-se o forno até que as pedras fiquem brancas
12. No fim de aquecido o forno é varrido
13. Tende-se o pão
14. Põe-se no forno durante uma hora e meia
15. No fim da broa cozida não se pode cortar com a faca enquanto está quente
16. Deixa-se a broa arrefecer virada ao contrário

                               

terça-feira, 27 de março de 2012

Usos e Costumes(2)





Preparação da Urdidura em Antelas

A urdidura é uma operação que antecede a tecelagem e consiste em preparar os fios para os dispor no tear, isto é: paralelos entre si e de igual comprimento, e separados nas duas séries que, descendo ou subindo cada uma alternadamente, operam o entrecruzamento do fio que passa entre elas.
Em Antelas, na casa da Dª Maria José , a urdidura era preparada num aparelho especial, a urdideira, que consiste numa armação de prumos onde estão fixos tornos nos quais passam os fios.
A urdidura inicia-se e termina na cruz do tear.
No final, as extremidades são atadas com um fio que passa na cruz do tear e na cruz dos cadilhos, de modo a manter os cruzamentos.
Para mais tarde indicar o andamento da tecelagem, com a urdidura ainda na urdideira, a tecedeira em cada ramo marca o meio com o auxílio de folhas de couve ou arruda(outrora, dizem, eficaz para espantar os maus espíritos que poderiam estorvar o bom andamento do trabalho).
A urdidura é então retirada da urdideira, soltando dos tornos superiores a ponta e fazendo uma trança encadeada, que a tecedeira vai colocando ao ombro, até final.
Apenas as tecedeiras mais experientes realizam o processo de urdidura que, segundo se diz, tem dias mais indicados para ser executada: às terças, quintas e sábados. Ouvimos da Dª Maria José, em Antelas, o adágio" Às sextas feiras, nem cases filha nem urdas teia".
Obsº- Recolha da Profª Rosália Correia

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Usos e Costumes(1)





 Irei gradualmente inserindo no blogue, usos e costumes de outrora que mobilizavam a grande parte da população.
A sua maioria não resistiu à voragem dos tempos, e praticamente poucos ainda perduram.

A Espadelada(1)

As espadeladas realizavam-se em tardes de Outono, na eira, por mulheres que de outras aldeias vinham ajudar, como era uso e costume.
À noite a espadelada era mais festiva; os rapazes e as raparigas, vinham em grupo das aldeias vizinhas, cantando e dançando ao som da harmónica chamada "Sanfona".
As espadeladas e as desfolhadas eram o ponto de reunião. A espadelada era feita em três fases:

 1 - A mulher segura a estriga na mão esquerda sobre a borda do cortiço, e com a espadela na mão direita, sacode as arestas para o exterior, seguidamente saem os tomentos.

2 - A estriga que ainda ficou na mão da mulher, vai ao sedeiro, que depois de assedada, deixa ficar no chão a estopa.

3 - A terceira operação deixa a pura fibra ou "filaça" que são as sedas, que depois vão para a fiação.

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