terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Refúgios de Antelas

Aldeia (vem da língua árabe aD-Dai'â), é toda a povoação, normalmente rural, com poucos habitantes e sem autonomia administrativa, isto é, um aglomerado populacional de categoria inferior à vila.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Comboio do Vale do Vouga





Será nostalgia, mas tenho algumas saudades de, na pacatez de Antelas, ouvir ao longe o som agudo e estrídulo do apito do comboio a vapor, que normalmente no Verão, desencadeava um número infindável de pequenos incêndios, devido ás fagulhas que eram expelidas através da chaminé.
Hoje, grande parte do percurso, foi irremediávelmente destruído pela agressividade do homem, não deixando às gerações futuras, um legado importante. 
Deixarei aqui um link, que escalpeliza ao pormenor, o que foi o "Vouguinha", nome que lhe foi atribuído, por muitos dos seus utilizadores, e não só.

domingo, 22 de novembro de 2009

A Charrua/Arado






A função de ambos é de (arar) os campos, revolvendo a terra com o objetivo de descompactá-la e, assim, viabilizar o desenvolvimento das raízes das plantas. É uma das etapas agrícolas que antecede a semeadura.
Além desse objetivo primacial, a aração permite um maior arejamento do solo, o que possibilita o desenvolvimento dos organismos úteis, como as minhocas, além de, alguns casos, permitir a mistura de nutrientes (adubos, químicos ou orgânicos; corretivos de acidez ,etc.
Utensílio em madeira de Carvalho ou Azinho com 4 travessas e duas cabeceiras. Eram-lhe aplicados dentes com cerca de 25 cm que poderiam ser de madeira ou de ferro. Estes eram, geralmente, feitos por um ferreiro, sendo por vezes usados os trifons dos carris dos Caminhos de Ferro. O número variava conforme o tipo de terreno e o tamanho da grade. Era usada no amanho dos terrenos depois de lavrados e na cobertura das sementes quando lançadas à terra. Puxada, geralmente, por uma junta de bois ou parelha de cavalos. Em certas zonas do país era-lhe colocada uma pedra para fazer mais peso, embora noutras zonas fosse usual andar o abegão ou moural em pé em cima da própria grade, sendo para isso necessário a junta de bois, por estar muito bem treinada para esse tipo de trabalho.
A charrua é um instrumento rudimentar que se presta para lavrar solos maleáveis e sem pedras. Pierre Montet assim descreve o utensílio: dois cabos verticais, reunidos por uma travessa, ligam-se ao tronco a que está adaptada a lâmina de metal ou de madeira, talvez. A rabiça engrenava entre os dois cabos verticais e ligava-se ao tronco da lâmina ao qual estava fixada por liames. Uma travessa de madeira fixa na extremidade da rabiça repousa na nuca de dois animais que puxam pela charrua. Estava ligada aos chifres.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Casa Grande







Teve a sua época de ouro, e reflectia a diferença entre classes.
A grandeza exterior, aliada á imponência dos seus interiores, conferia-lhe o título da "Casa Grande". Chamo a atenção para o porte majestoso da chaminé, que apesar dos anos que já passaram, mantém a sua grandiosidade.
Hoje a completa degradação em que se encontra, deve-se à erosão dos tempos e à falta de manutenção, que obviamente vai desmembrando o pouco que resta...até à ruína total.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

EIRAS





Eira é um espaço plano com um chão duro, liso ou empedrado ,de dimensões variáveis, onde os cereais, eram malhados e peneirados, depois de colhidos, com vista a separar a palha e outros detritos dos grãos de cereais. Sua origem está ligada ao advento da agricultura e o consequente cultivo dos cereais, onde se desenvolveram várias técnicas, ferramentas e instalações especificas.
As eiras são também utilizadas para secar outros produtos agrícolas, bem como também cumpriam uma função social, uma vez que proporcionavam um local onde podiam decorrer certas cerimónias ou eventos públicos, tais como bailes, onde aliás também dei a minha "perninha".
Em Portugal, em particular no norte do país, é frequente encontrar espigueiros e palheiros a rodear as eiras, pois eram nestes lugares que os cereais eram armazenados.
A importância da eira na vida das populações rurais era de tal forma evidente, que deram origem a vários toponímicos, e à expressão "sem eira nem beira", que significa destituído de tudo, numa alusão de como as eiras eram centrais na sua vivência, também existem outras versões como a de antigamente as casas das pessoas abastadas tinham no telhado dois tipos de acabamento, a beira ceveira (beira sobre beira = beiral) e a eira que era o acabamento decorado, feito na fachada, e a casa da plebe tinha apenas o telhado sem acabamento.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cruzeiro/Alminhas





                   

Existem na povoação e a eles se associa duas possíveis tipologias funcionais.
A primeira ligada a um percurso espiritual e simultaneamente fisico, o caso das cerimónias religiosas...a procissão.
As cruzes simples ou ostentando a imagem de Cristo, ora invocam a protecção para o viajante, ora celebram determinado acontecimento, ora simbolizam o calvário (via-sacra).
Estas manifestações de religiosidade são essencialmente cristãs, embora se filiem e tenham antecedentes de origem pagã.
Existem elementos que nos levam a querer que existia um elo de ligaçao entre capelas ou entre aldeias pertencentes à mesma paróquia. Caso disso é o facto de na páscoa, o pároco ter de percorrer as casas de todos os seus fiéis, acompanhado pelo seus paroquianos e o cruzeiro era o local onde se esperava a procissão da vizinha aldeia para receber então o padre.
A segunda função teria o condão de proteger os caminhantes(viajantes) das almas penadas que costumavam habitar nas encruzilhadas dos caminhos ou estradas. Pude constatar que a grande maioria destas cruzes e alminhas são amiúde ornamentadas por zelosas devotas com flores e lamparinas, ganhando um alento renovado no mês de Novembro, mês das almas e dos fiéis defuntos e em outras ocasiões específicas.

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